Não existe uma rua em nenhum lugar do mundo como a rua Augusta.
Eu nem conheço o mundo todo.
Não conheço nem o país todo.
Mas posso afirmar sem medo, que não existe uma rua como a Augusta.
Todas suas cores e sons.
Os néons que iluminam os passos de quem passa apressado pela rua.
Suas moças de maquiagem pesada, busto firme, saia curta e salto alto.
Os salões de beleza que ficam abertos noite adentro.
Sua lojas, mercados e uma infinidade de butecos.
Um dos melhores cinemas da cidade está ali.
Há uma faculdade também.
Uma antiga loja de chapéu.
As baladas alternativas, de rock, eletrônica, pop.
Ali se reúne toda sorte de gente.
As garotas de cabelos coloridos e brincos no nariz.
Os meninos moderninhos de calças apertadas e blusas coloridas.
Os rapazes do rock, as meninas da moda.
Os antenados, viciados, poetas, escritores, jornalistas, atrizes, vendedores ambulantes, bêbados, modelos, secretárias, executivos, prostitutas, estudantes, patricinhas, caretas, músicos, mendigos...
Tudo junto e ao mesmo tempo.
Existe entre os freqüentadores um tipo de pacto silencioso, secreto. O que acontece na Augusta fica na Augusta.
Eu ando pela Augusta todos os dias e não consigo parar de pensar no fascínio que a rua desperta em mim.
Gosto da calçada, mesmo suja, dos butecos, das casas noturnas e da loja de discos.
Gosto da cerveja sempre gelada e da Pizza na madrugada...
A Augusta já foi música, entraram a 120 por hora
Eu entrei devagar, desapercebido pra nunca mais sair!
E como eu já disse: Não adianta, não vamos discutir.
Não há em nenhum lugar do mundo uma rua como a minha.
Um comentário:
Claro que adorei o texto, até porque concordo plenamente.
Augusta é meu segundo lar!
Fico a vontade lá como fico em minha casa.
Pãozinho
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