Saio pela rua na hora exata do amor.
Naquela hora que o dia ainda não acabou, mas, que já vai indo, um pouco antes do espetáculo do sol.
Nessa hora, exatamente, nas tardes de domingo.
Eu saio
E assim que coloco meus pés nas ruas sou envolvido por cores e sons que chegam de todos os lados.
E toda aquela gente, aquele tráfego, minha mente se desprende.
Perdida em meio a tanta mistura.
Então derreto
E vou virando tudo
Escorrendo por cada testa, cada mão, cada sarjeta e bueiro, debaixo dos pés.
Vou sugando
E tudo em mim
E eu volto pra casa. Tiro o óculos escuro. E decido.
Que talvez a outra metade me faça lembrar de tudo
Outra vez
Tem uma cena que não sai da minha cabeça. ela vestida de branco dança assim dolorida com uma taça de vinho na mão. Olha a cidade amanhecendo quinze andares abaixo. Ela sorri de olhos fechados. Ela sorri doendo. Uma gota de vinho vermelho nítido cai sobre o vestido branco. Abre os olhos e pensa "esse é so o começo do fim, baby".
domingo, junho 27, 2010
segunda-feira, junho 21, 2010
Conte-me
Tudo agora significa nada.
O propósito onde está?
Este teu jeito de sentar no sofá
De sorrir sozinho ouvindo uma música
O jeito que você escuta o teu som
Como joga tua mochila depois de um dia de trabalho
As tuas mãos sob a água fria da pia
O que está pensando enquanto espera o copo encher de água?
O primeiro pensamento, quando a chave gira o trinco.
Da tua porta
Da tua casa
Da tua vida
Qual é o propósito?
O lugar onde deixa teus pensamentos
O que você desprende primeiro?
A gravata?
Tua garganta?
O que há no teu banho?
O que é que a água leva?
Quando tuas mãos tocam os seus cabelos molhados
O que há pra tirar?
O teu jeito exato de parar diante o espelho
O tempo que leva?
Para deixar que tudo se desfaça
O teu jeito de sentar, assim despretensioso
Para que?
Qual o propósito?
Diga-me antes que seja tarde
Antes que a comida chegue, que a novela comece, que o sono venha
Eu preciso saber se.
O propósito onde está?
Este teu jeito de sentar no sofá
De sorrir sozinho ouvindo uma música
O jeito que você escuta o teu som
Como joga tua mochila depois de um dia de trabalho
As tuas mãos sob a água fria da pia
O que está pensando enquanto espera o copo encher de água?
O primeiro pensamento, quando a chave gira o trinco.
Da tua porta
Da tua casa
Da tua vida
Qual é o propósito?
O lugar onde deixa teus pensamentos
O que você desprende primeiro?
A gravata?
Tua garganta?
O que há no teu banho?
O que é que a água leva?
Quando tuas mãos tocam os seus cabelos molhados
O que há pra tirar?
O teu jeito exato de parar diante o espelho
O tempo que leva?
Para deixar que tudo se desfaça
O teu jeito de sentar, assim despretensioso
Para que?
Qual o propósito?
Diga-me antes que seja tarde
Antes que a comida chegue, que a novela comece, que o sono venha
Eu preciso saber se.
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