“Por que você está aqui?” me perguntou o Dr.
Eu ainda pensava como o clima podia estar tão louco, estávamos em horário de verão, primavera, quase inicio de novembro e garoava e fazia frio.
Eu não entendia como aquilo não atingia as pessoas como me atingia.
“Eu fui atrás das personagens que eu lia” respondi sem muita vontade.
Podia ver pela janela uma árvore grande, amarela, balançando, e tive vontade de saber que espécie era aquela.
“Como assim”? Ele perguntou de saco cheio e com um bafo quente colgate.
“Eu queria saber como eles sentiam aquilo que eu também sentia, sem ao menos saber o que era sentir.”
Ele respirou fundo, bateu a ponta da bic na mesa. Olhei mais uma vez para árvore lá fora.
Meus olhos encontraram o dele, pude ver em suas pupilas minha própria imagem refletida.
E ardia.
Sorri, meio sem saber o que fazer, entendendo.
Era o capítulo final.
Assim.
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