Um desabafo, um segredo ao pé do ouvido
Talvez depois que eu terminar de escrever isso eu queime ou jogue em um rio de água correntes e claras.
Talvez eu coloque numa garrafa e jogue no mar.
Ou nada disso.
Tenho certas urgências
Preciso desesperadamente de um cigarro quando estou esperando: A sessão de um filme, na fila de qualquer coisa, uma ligação, ou quando estou flertando na balada.
Ridículo. Mas aos Trinta anos eu ainda preciso ter alguma coisa nas mãos.
Tenho urgência de uma leitura no metrô, uma revista, um livro ou mesmo um jornal.
Sem isso minha cabeça se desprende, meus pensamentos vão para lugares desconhecidos e crio mundos e histórias paralelas e ai é preciso uma caneta, um papel, um gravador, e não há.
Sou tomado então por um desespero e sucumbo.
Urgência de um óculos escuros em dias claros.
De uma coca cola estupidamente gelada no verão.
De ventilador e janelas fechadas.
Não serei hipócrita! As vezes urgências de fugir
Lsd, ecstasy ou até mesmo a boa e velha maconha.
De som alto, de loucura não roubada.
De um apartamento de 70 metros quadrados, um carro.
De uma mão sobre as minhas.
De um colo enquanto eu leio um livro.
De cantar alto no carro com janelas abertas.
De sorvete em dias gelados.
De, principalmente aos sábados, um beijo, um afago meu amor.
Urgências ou minha mente se desprende
E eu sucumbo
Nenhum comentário:
Postar um comentário