Amigo querido:
Aqui anda tudo tão distante...lembra de mim? hoje li tuas cartas e que saudade que deu.
Do nosso tempo. Nossos sonhos! De suas incertezas e das minhas... passei a tarde relendo as cartas escritas á mão. Èramos tão diferentes do que somos agora.
Quantos anos? dez? 100? mil anos?
Para onde fomos amigo?
O que somos?
Nossos sonhos, nossas músicas, nosso medos infantis? as descobertas? pra que serviu, me diz?
Tenho medo do depois agora, já não tenho aquela força, aquele desejo de ser...
Tudo que eu quero agora é paz, uma cama feita, um abraço na noite de chuva...
Ah amigo! o que aconteceu entre a gente?
Não paro de pensar na resposta escrita por Miguel Falabella em "A Partilha"
Mais ou menos assim:
"Pára, não aconteceu nada, a gente ta aí remando contra a maré, lutando para não se afogar"!
3 comentários:
sempre remando contra a maré.
porque a gente não sabe remar diferente, querido.
estou aqui, caso precise desse abraço aí na noite chuvosa !
um dia a gente aprende a largar o remo e deixar o barco ir afavor da maré... gostei daqui tb. Grande abraço!
saudade das velhoas boas cartinhas...
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