quinta-feira, novembro 10, 2011

A menina da saia de tule

Gente linda embarquei em mais um sonho!
Um livro online.

um novo capitulo sempre a cada dia

Sigam, divirtam-se e divulguem:

http://www.ameninadasaia.blogspot.com/

quinta-feira, outubro 20, 2011

Súplica

Peço-te com os olhos marejados: Toque-me.
Peço-te quase gritando enquanto rasgo meu vestido
Meu amor me toque.
Não esse toque carnal. Não esse toque sutil na pele
Que queima quando dois corpos se encontram.
Mas o toque profundo, profano
Desperte-me com teu veneno
Jogue em mim o seu mundo
Eu insisto
Amado, me toque.
Tira-me a máscara, profundo.
Diga-me coisas sujas e bonitas
Embala-me na tua música ruim
Me leve para o escuro
Desarrume meus cabelos
Mostre-me teu inferno
Toque-me.
Faça-me esquecer, querer, desejar
Morrer.
Mate-me
De amor que transborda, me faça cega.
Não me perca.
Eu lhe imploro
Envolva-me em tuas mãos, em teu colo de enganos.
Salve-me.
Antes que eu caia, que seja tarde demais me tire daqui.
Amado, me ame. Assim tão profundo.
Te peço.

terça-feira, outubro 11, 2011

Um devaneio, Um som

Sempre haverá a música.
Sempre haverá o som.
Para aqueles dias em que o mundo fica diferente.
Em que o cinza cobre tudo.
E tudo fica ao contrário
Haverá sempre as notas e as cores que elas trazem.
Há o som.
Da chuva. A música que o sol traz.
Que o vento canta.
Que a noite leva.
Embala
Haverá sempre a música, meu amigo.
E enquanto houver, acredite.
No amor.
Essa roda que move o mundo
Tenha fé e depois de ouvir, de sentir.
De fechar os olhos
Dance, dance até o fim.

domingo, outubro 02, 2011

Um sonho que tive.

São dois.
Um menino, uma criança assustada, mimada, sozinha.
Que precisa voltar precisa correr, que tem pressa de crescer, de fugir, de amanhecer.
Uma criança que volta sempre.
Um demoninho pronto para fazer peripécias e depois chorar, fingir que não foi ele.
Que foi um outro.
Uma criança.
Passa o dia correndo, buscando, tentando achar desesperadamente esse tal tesouro do outro lado do horizonte.
Essa tal felicidade
Existe um velho, muito velhinho, sentado na varanda.
Cultivando lembranças.
Com um gosto amargo na boca
Farto da amargura da vida
Um velho ranzinza, mal humorado maldizendo o mundo e repetindo:
“No meu tempo”
Um velho mimado, sem pressa.
Frustrado cultivando orquídeas.
Lembrando uma vida que teve
Lamentando um tempo que não volta.
A criança e o velho vivendo juntos num abismo profundo
No escuro em mim.
Impedindo, jogando dados no tabuleiro.
Iludindo, persuadindo.
Impedindo o homem
De chegar.
De estar no controle.
Impedindo o homem
Que eu deveria ser.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Eterno Final de Semana

Para D´CASSIA:


ETERNO FINAL DE SEMANA
Desperto.
E caminho em direção em sol.
Vestida de universo, calço estrelas, colho sonhos.
O céu tão nítido me protege e me acolhe, eu sigo.
Assim distraída, sinto o gosto suave na boca
Da noite que fui
Do tempo que foi
Da lua e seus segredos que desceram pelo meu cabelo, cobriram o meu colo. Transbordaram em meu coração.
No teu.
Não sei se foi sonho ou ilusão.
Desperto.
Posso quase tocar o sol.
Segura-lo em minhas mãos
E vou.
Sem saber , não penso em nada.
Me dou conta assim refletida no espelho da cama.
Tenho a noite, Senhora do dia.
E tudo que me falta é você.

terça-feira, agosto 23, 2011

Carta ou "A valsa da vida"

Sento para lhe escrever. Primeiro acendo um cigarro.
O sol forte que entra pela janela queima minhas costas.
Dolorida. Dolorido, escrevo.
Penso em tudo que há pra dizer em tudo que não há.
Falar das novidades, dos encontros, ansiedade, da esperança.
Minha cabeça ferve. Os pensamentos são desalinhados pelo vento.
Súbito, uma preguiça. Nada há pra contar.
Quem dirá? De tudo que sabemos de tudo que foi previsto, revisto, traçado.
Lembro-me de uma frase de um autor que não me lembro.
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”
Trago fundo. Gosto de menta e amargo, dizem que se apertar a bolinha verde no final fica mais forte.
O gosto. Quem precisa? Tô procurando suavidade.
O sol incomoda o calor também, o dia tá tão lindo que meus olhos se fecham. Sinto o suor na testa e palmas das mãos.
Queria contar do bonito. Da calmaria. Do sonho profundo e do sono raso.
Não consigo, metade do cigarro.
Quem diria? Que viver ia dar nisso? Os planos agora são outros.
A estrada mudou. Os pés um pouco mais cansados, mas e dai?
Enquanto houver amor há música.
E enquanto há música a gente dança.
Mesmo sem saber. Ligo o som e ensaio, pista vazia.
Eles vão chegar. Os convidados vestidos de sonhos.
A gente dança essa música.
Mais uma vez.

domingo, agosto 21, 2011

Felicidade!


Um dia me perguntaram o que era felicidade.
Eu era jovem ainda. E jovem respondi: É sonho!
Eu achava, naquele tempo em que minhas mão viviam lambuzadas de vida, que a Felicidade era um lugar.
Pra onde eu ia.
Era o desconhecido, era o novo, o mundo depois da montanha russa.
Eu embarquei, comprei meu bilhete com todas a economias guardadas no cofre de lata, gasto e velho.
Era o sonho, essa tal felicidade.
Eu me perdi.
O carrinho descarrilhou, derrapou na curva, se soltou, eu cai.
Lentamente e sem fim.
Depois da subida fatal, aquela primeira em que o coração quase vem a boca e o céu é o limite.
Eu cai, com as mãos para cima, sorriso no rosto, olhos fechados.
Eu desci.
No poço de mim.
O tempo passou. O trilho enferrujou. O parque fechou.
O sonho acabou?
Enquanto eu estava lá embaixo no profundo de mim. Eu entendi. Anos depois.
A felicidade não é o objetivo. O ponto final.
Ela é o caminho, a estrada.
Não palpável. É gota leve na testa em um dia quente.
Ela é coca-cola gelada na garganta seca. O vinho no dia frio
O mar a noite. As mãos quentes da mãe. Os braços fortes do pai.
O beijo na testa e o sorriso suspenso. É um quadro, um texto. Um telefone que toca.
Três vasos na janela. Fim do dia.
Se me perguntarem agora ( me perguntem!) eu responderei sem hesitar:
Felicidade é a janela depois da porta.
É a janela, depois do sonho!
É uma escolha. Para te-la basta abrir e deixar que as flores cresçam nos trilhos da vida.
A felicidade meu amigo, está ali.